Nesta última terça-feira (05) no município de Barra Longa, os garimpeiros e pescadores realizaram uma manifestação em frente da Renova. O objetivo do movimento foi a falta de informação repassada pela fundação após o grupo ter realizado os cadastramentos necessários. Segundo os manifestantes, a Renova promete estas informações desde dezembro de 2018 em que foram marcadas reuniões e a entidade não compareceu. Além disso, desde o rompimento, o grupo afirma que não recebeu nenhuma indenização.
Os manifestantes chegaram ao escritório da Fundação Renova e estava fechado, e no decorrer da semana, o local permaneceu sem receber funcionários da Fundação. Algumas publicações foram compartilhadas de outro veículo afirmando que a manifestação terminou com almoço na cozinha do escritório. Entretanto, os manifestantes se posicionaram e declararam que essa informação não procede. “Nós almoçamos sim aqui, mas fizemos o almoço do lado de fora, a Renova em nenhum momento recebeu ninguém”, afirmou o grupo em nota. Além disso, também ressaltou que eles conseguiram o fogão com gás e doações de alimentos para dar comida aos manifestantes que estavam no local.
Sobre a reivindicação, a Fundação Renova ressaltou que, sob o ponto de vista jurídico, devem ser enquadrados como elegíveis ao atendimento pelo Programas de Indenização Mediada (PIM) e Auxílio Financeiro Emergencial (AFE) apenas aqueles garimpeiros que sejam parte de comunidade tradicional diretamente atingidos e que exerçam tais atividades apenas no âmbito de seus costumes e tradições. Além disso, a Fundação também afirmou que para a viabilização de um atendimento justo e equilibrado está em execução o estudo independente para a realização do mapeamento das possíveis comunidades tradicionais impactadas de Mariana a Santa Cruz do Escalvado. A previsão de término do estudo é novembro de 2019.
A entidade reafirmou que as pessoas que fizeram o cadastro e foram ou venham a ser consideradas diretamente atingidas terão seus processos analisados e, se forem elegíveis serão chamadas para atendimento, na medida em que as políticas de indenização para cada grupo de atingidos forem sendo definidas.
Até o fechamento desta edição, os manifestantes ainda se encontravam em frente ao escritório da Fundação e não houve nenhum diálogo ou reunião feita com os garimpeiros e pescadores.